Numa das minhas andanças ao redor do mundo, conversando sobre minha terra natal, um gringo me perguntou: “afinal, o que tem para fazer no Rio de Janeiro sem ser carnaval e praia?”. Sabe quando aquela pergunta dá aquela beiradinha de decepção? Daí, resolvi parar e listar os pontos que achava que valia conhecer na cidade e, sério, são muitos! Orgulho da carioca aqui.

Por isso, resolvi partir para cá também e colocar os top 10 dos mais queridos da cidade, com as informações mais práticas e objetivas possíveis. Vai que tem mais alguém aí com essa dúvida, né?

Os 10 mais do Rio de Janeiro

#1 Corcovado

Não tem lugar mais perfeito no Rio de Janeiro. Simples assim: não tem. De lá de cima, você se encanta com a beleza de toda a geografia da cidade, como se fosse uma grande maquete cheia de vida. Mas a boa notícia é que é real. E o jeito mais encantador de chegar lá, sem dúvida, é no trenzinho (R$ 61, na baixa temporada; R$ 74, na alta temporada), com saídas a cada 30 minutos, todos os dias das 8h às 19h. Para evitar espera e filas, vale garantir o ingresso com antecedência pela venda online, pelo app ou nos postos de atendimento espalhados pela Zona Sul.

|+ detalhes sobre a ida ao Cristo de trem.|

Se a sua intenção é ver o Cristo, sem fazer questão do trem, pode optar pelas vans oficiais ou pela trilha do Parque Lage. Nesse último caso, a melhor forma de ir é com guia, dados alguns incidentes que aconteceram nos últimos tempos por lá.

|+ saiba exatamente como é a trilha.|

A única coisa que não adianta é querer ir de carro. Não há estacionamentos nem no Centro de Visitantes.

Rio de Janeiro - Cristo Redentor

#2 Bondinho de Santa Teresa

O Bondinho de Santa Teresa já deixou de ser meramente um meio de transporte há um tempo. O bendito é outro cartão postal carioca e faz parte da experiência de quem visita a cidade.

Atualmente, ele operam de segunda a sexta, das 8h às 17h45, e aos sábados, das 10h às 18h. A estação inicial fica perto do metrô da Carioca, no Largo da Carioca (Rua Lélio Gama, 2). Do metrô, use a saída para a República do Chile (saída B).

O passeio custa R$ 20, e inclui os embarques de ida e volta. Mas, para moradores cadastrados, estudantes da rede pública uniformizados e com vale certinho, idosos acima de 60 anos com CPF e comprovação não pagam o ingresso.

|+ as experiências incríveis que você pode ter em Santa Teresa.|

Rio de Janeiro - Bondinho de Santa Teresa
Foto: Flickr/leesean

#3 Bondinho do Pão de Açúcar

Na Urca, pertíssimo da Praia Vermelha, mora o Bondinho mais querido da cidade. Também, vai ser naturalmente lindo assim… no Rio!

A primeira subida ao Morro da Urca acontece às 8h10 e a última descida, às 21h. As partidas acontecem a cada 20 minutos ou quando o bondinho atinge sua capacidade máxima de 65 pessoas.

Os ingressos de ida e volta custam R$ 80 e, se quiser economizar, dá para subir de trilha (acesso pela Pista Claudio Coutinho) e voltar de bondinho. Aliás, tem uma bilheteria no alto do Morro da Urca (funcionamento: 8h30 às 19h30, com parada para almoço das 12h às 13h).

Para evitar filas, lógico, que a gente aconselha fortemente a garantir seu ingresso online. Para quem preferir arriscar nas bilheteria da Praia Vermelha, ela funciona todos os dias das 8h às 19h50.

Rio de Janeiro - Pão de Açúcar

 

#4 Museu do Amanhã

Um marco na revitalização da região portuária da cidade, o Museu do Amanhã faz a gente pensar: “de onde viemos?” e “para onde estamos indo?”. Com a participação de gente grande, como o MIT, o Google e até a NASA, o lugar chama a atenção de quem passa na área. Isso sem contar a arquitetura que é totalmente diferente de tudo na cidade.

|+ melhores dicas para a visita ao Museu do Amanhã e à praça Mauá.|

O custo dos ingressos para o Museu do Amanhã é de R$ 20, mas, às terças, a entrada é totalmente gratuita para todos.

Museu do Amanhã - Espelho d'água

#5 Museu de Arte do Rio

O vizinho do Museu do Amanhã vale o combo. Até o horário de funcionamento é combinado: de terça a domingo, inclusive em feriados, das 10h às 17h.

Aliás o combo realmente existe: dá para comprar o ingresso do Museu do Amanhã + MAR (Bilhete Único dos Museus: R$ 32, a inteira, e R$ 16, a meia). Nesse caso, o ingresso ainda deve ser trocado na bilheteria. Por isso, o conselho: vá no Museu do Amanhã primeiro, já que tem hora marcada e a troca é facilitada. E, sim: às terças a entrada também é gratuita por aqui.

Museu do Amanhã - MAR

#6 Boulevard Olímpico do Porto Maravilha

De tudo o que restou do projeto olímpico, o Porto Maravilha/Orla Conde/Boulevard Olímpico (escolha como quer chamar) é o mais lindão.

Aqui, vale parar para admirar o mural Etnias, obra prima em forma de grafite do Kobra. Além dos que já falei (Museu do Amanhã e de Arte do Rio), aqui outro que vale a parada é o AquaRio. Mas fica a dica: não faça o combo Museu do Amanhã + MAR + AquaRio. Simplesmente não dá!

#dicadeviajante

  1. Divida a visita em duas partes: reserve um dia para os museus e outro para o AquaRio. Num deles, aproveite para sassaricar despretensiosamente pela Orla Conde até a Praça XV. Se tiver fôlego, aproveite que está na área e tente encaixar no roteiro de um desses dias outros lugares que já estavam lá: o CCBB, a Ilha Fiscal ou o Mosteiro de São Bento.
  2. Ainda na região portuária, outra coisa que dá para combinar é a visita guiada ao novíssimo Cais do Valongo. É gratuita, mas precisa de inscrição. Tem mais detalhes na página oficial do Porto Maravilha.

E tem mais: se não estiver a fim de andar, não tem problema: tem VLT na área. Só lembre te ter seu cartão de transporte individual para não ter multa. 😉

Rio de Janeiro - Grafite Kobra

#7 Jardim Botânico

Não é só orgulho carioca, não. O Jardim Botânico (R$ 15) do Rio de Janeiro é o maior do Brasil, desde 1808.

Com mais de 9 mil espécies vegetais diferentes, não vale perder a oportunidade de fotos na Alameda do Jambeiro, com direito ao Cristo Redentor de fundo. Ah, também no lago das vitórias-régias, nas super clássicas palmeiras imperiais e no Jardim Japonês. Anota tudo!

Se posso dar uma sugestão é: evite os finais de semana. Simplesmente, lota.

E, indo de carro, saiba que só dá para estacionar no lado de fora, no Jockey Club, onde visitantes do Jardim Botânico tem desconto, ou no rotativo da Praça Santos Dumont. Lá dentro, só quem tem severas deficiências de locomoção consegue uma das 4 vagas disponíveis.

|+ dicas do que fazer na Lagoa Rodrigo de Freitas, que fica aqui pertinho.|

Rio de Janeiro - Jardim Botânico

#8 Museu de Arte Moderna

Se fosse “só” pelos jardins, já valia vir até o  Museu de Arte Moderna (MAM). O motivo? São obra prima de Burle Marx. Mas a arquitetura de Eduardo Reidy também não perdoa e faz um conjunto muito do lindo.

Famoso internacionalmente e palco de eventos artísticos históricos, o recheio do MAM ainda hoje merece uma atenção de quem vem no Rio. Além das exposições (R$ 14; gratuitas às quartas), aqui também tem uma livraria, uma biblioteca, um café, um restaurante francês (o Laguiole), uma cinemateca (R$ 8, a entrada) e, para fechar o pacote com chave de ouro, ainda abriga o Vivo Rio. Ou seja, vale conferir se não rola um show para combinar.

Para chegar, o VLT (Estação Antônio Carlos) ou o metrô (Estação Cinelândia) te deixam nos arredores, sem erro. Se vier de carro, tem estacionamento por R$ 7 durante 2 horas, mediante apresentação do ticket na bilheteria.

Rio de Janeiro - MAM
Foto: Wikimedia Commons/Halley Pacheco de Oliveira

#9 Ilha Fiscal

A Ilha Fiscal é um daqueles lugares que já chama a atenção de longe. É mesmo um castelo no meio da Baía de Guanabara? Não sei se é bem isso, mas a bendita foi o marco do último baile do Império, alguns dias antes da Proclamação da República no Brasil.

Hoje em dia, dá para conhecer o lugar com a companhia de um guia (de quinta a domingo, às 12h30, 14h e 15h30; R$ 30), que explica tudo sobre o ontem e o hoje do lugar. Para deixar a coisa mais interessante, a ida e volta da ilha é numa escuna, que é trocada por um ônibus, em caso de mau tempo.

De quebra, ainda dá para combinar com uma visita a duas embarcações da Segunda Guerra Mundial: o Submarino Riachuelo e o Navio Bauru (R$ 10, a inteira, com direito a conhecer os dois).

Rio de Janeiro - Ilha Fiscal

#10 Maracanã

Até a pessoa aqui, que passa longe de ser fanática por futebol, ama entrar no Maracanã e sentir a vibe de um dia de jogo.  Sinceramente, é a melhor forma de visitar o local.

Se quiser conhecer as curiosidades, histórias e ver algumas áreas não frequentadas pelos torcedores, tem a visita guiada (todos os dias, das 9h às 16h; R$ 50). Particularmente, confesso que desde que voltou a funcionar, agora em 2017, o tour ficou meio sem graça: não tem mais o acesso às cabines de imprensa, tribuna de honra e Maracanã Mais. Também não tem mais TwistCan e Chute a Gol.

Isso só reforça a minha sugestão: tendo a chance, vá num dia de jogo e veja um Maracanã vivo, de verdade.

Para chegar lá, tem a estação de metrô, a Maracanã, e estacionamento (R$ 25), para quem vai de carro fora de dia de jogo.

Rio de Janeiro - Maracanã
Só comprando ingresso para algum evento para ver o Maracanã por dentro

Que outros lugares vocês incluiriam na lista?

 

Apaixonada pela vida, tenta viver a expressão "carpe diem". Acredita que cada viagem é um meio de aprender mais sobre a humanidade e o seu próprio eu, por isso ama pôr o pé na estrada. Gosta de contribuir para que outras pessoas tenham experiências cada vez melhores de viagem, por isso quando sabe que um amigo vai viajar, já vem com sua listinha de dicas. A melhor viagem? É sempre a do momento.

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