Rota Panorâmica | Guia completo para imprimir e levar

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Me diz aí: quem não curte colocar o pé na estrada? Aquela coisa quase que mítica de parar o carro em algum ponto de observação e se deliciar com uma paisagem. Pois bem, prepara o coração porque a Rota Panorâmica (ou Panorama Route, para os que curtem um inglês) é exatamente isso: um caminho impressionante de lindo ao longo do Blyde River Canyon, o terceiro maior cânion do mundo, em Mpumalanga, na África do Sul.

Quando ir

O melhor jeito para encarar a Rota Panorâmica é com tempo firme. O período de maio a setembro é o mais garantido, já que a média de chuvas costuma ser baixa e o tempo mais limpo, garantindo quilômetros de vistas maravilhosas. Com chuvas e névoas, todo a graça da rota fica praticamente zero.

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Para combinar com um safári no Kruger, deixe mais para o final, entre agosto e setembro. O período prolongado de secas deixa a grama mais seca e o campo mais aberto para ver os animais à distância.

|+ duas dicas super importantes para o Kruger Park.|

A melhor forma de incluir no roteiro

Se você vai para a região do Kruger, ali entre Hazyview, White River e Nelspruit, há diversos tours oferecidos para a Rota Panorâmica (como esse do  – até mesmo nos hotéis onde você possa se hospedar. No entanto, a melhor forma mesmo de conhecer a Rota é por conta própria: alugue um carro em Joanesburgo, pegue o GPS e siga o seu caminho. Assim, você vai curtir os lugares que achar mais interessantes no seu ritmo.

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Para incluir esse passeio no roteiro, o ideal é parar por, pelo menos, uma noite em uma das cidades de entrada da Rota (Graskop ou Sabie) e seguir caminho logo cedo no dia seguinte. Assim, dá para ir com mais calma em cada ponto de parada e, ainda, chegar ao Kruger no mesmo dia. Se quiser que fique melhor ainda: reserve duas noites. Aí tudo fica bem redondinho!

O trajeto de Joanesburgo até a entrada da Rota Panorâmica leva entre 3h30 e 4h (400 km, mais ou menos, pelas estradas N12 e N4). Assim, não vale inventar de pegar a estrada no fim do dia. À noite, imagine ter que dirigir com o combo: baixa visibilidade + nevoeiro + animais na pista + mão inglesa. Sentiu como é punk? Por isso, se planeje de chegar até a sua base até o pôr do sol.

#dicadeviajante

De Joanesburgo até a entrada da Rota Panorâmica há quatro  pedágios: variando de 56 rands a 83 rands. Se o seu carro alugado não tiver tag, tenha esse dinheiro em mãos.

Se quiser um roteiro mais justo, indo direto de Joburg também dá. Mas vai precisar madrugar. Pense em sair por volta das 5h da matina. Provavelmente, ainda estará escuro, mas você vai pegar trechos da cidade grande ainda, com iluminação, além de ter o dia amanhecendo para te ajudar.

Como alugar um carro na África do Sul: evite o meu perrengue

Quem acompanha a página do LolePocket no Facebook, viu que passei por uns perrengues com aluguel de carros. Foi o único que não fiz com a RentCars e não me dei bem (vejam o vídeo).


Por isso, as dicas para não ter problema no aluguel de carros na África do Sul:

  1. Pesquise pelo site da RentCars em diversas locadoras conhecidas de uma vez só, com preços e condições especiais de aluguel – isso sem contar que dá para parcelar em 12 vezes sem juros e não paga IOF. Isso tudo não é jabá, gente. É amor mesmo! Ainda mais depois de testar e não ter perrengue com eles.
  2. Dê preferência aos carros automáticos, assim é uma coisa a menos para se pensar.
  3. Faça um seguro viagem que inclua danos aos veículos. Você pode fazer a cotação com a Seguros Promo (nesse link, descontinho de 5% pra vocês!), que também dá o resultado de várias seguradoras de uma vez e permite parcelamento. Se for fazer pelo cartão, se certifique do procedimento a ser seguido. Na Mastercard, por exemplo, há um aviso especial para aluguel de veículos.
  4. Fotografe o veículo assim que o receber e quando o entregar.
  5. Exija o documento atestando o estado em que foi entregue o veículo e de que estava abastecido (se tiver feito isso).

No mais, você vai precisar da Permissão Internacional para Dirigir (PID), que pode ser obtida junto ao DETRAN, ainda no Brasil. Não dirija sem ela, pois policiais costumam parar no caminho e pedem para ver.

Onde ficar

As opções hoteleiras não são muitas, mas atendem super bem. Você pode optar por ficar em:

  • Sabie, que é antes de Pilgrim’s Rest e das Mac Mac Pools – essas valem mais no verão (águas gelaaaadas!). ;
  • Graskop, 30 km mais adiante, que é o ponto de partida para as paradas mais interessantes da Rota Panorâmica. Tem uma estrutura melhor para receber os viajantes, com supermercados, restaurantes, lojas de souvernirs e postos de gasolina.

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Por serem cidades pequenas, o ideal aqui é ficar próximo à ruas principais, onde é mais fácil encontrar restaurantes e mercadinhos. Em Graskop, isso significa ficar entre a Louis Trichardt Ave, a Richardson Ave e a Paul Kruger Ave. Já em Sabie, entre a Main Road e a Trichardt St.

#dicadeviajante

  1. Por conta do frio que faz à noite (especialmente fora do verão), pegue quartos com aquecedor.
  2. Fique atento aos horários de checkin. Muitas vezes, no interior, as recepções encerram mais cedo.

Indicações de hospedagem

Sabie

Dublin Guest House: quartos confortáveis, estacionamento privativo gratuito e wifi. Os banheiros são equipados com banheira e secador de cabelo. Também disponibiliza o aluguel de carros e bicicletas.

Sabie Self Catering Apartments: quartos com vista para o vale de Sabie e equipados com aquecedores e ventiladores. Também tem cozinha compacta, estacionamento gratuito e wifi. Não inclui o café da manhã.

Travel Lodge Sabie: quartos grandes com banheiro privativo. Também tem estacionamento gratuito.

Big 5 Guest House: quartos aconchegantes, estacionamento gratuito e café da manhã opcional. Tem aquecedor, mas não dá tanta vazão.

The Woodsman: quartos com móveis de época, deixam o B&B com uma cara retrô. Além do café da manhã maravilhoso, ainda serve refeições no seu Pub e Restaurante. Tem estacionamento privativo e wifi gratuito.

Villa Ticino: quartos chiquetosos com varanda ou terraço privativos. Os banheiros contam com secador de cabelo e outras amenidades. O café da manhã já é incluído nas diárias. Tem estacionamento e wifi gratuitos.

Kusha Two: quartos grandes, com cozinha e banheiro. Não inclui café da manhã, mas compensa no custo benefício. Tem estacionamento privativo e wifi. Pela proximidade com a rua principal, sofre um pouco com o barulho dos carros.

|+ opções de hospedagem em Sabie. |

Graskop

Graskop Hotel: quartos bem decorados, com uma cara super clean. Além disso, tem aquecedor e banheiro privativo, sem contar o staff impecável e um café da manhã caprichado. Tem estacionamento gratuito e wifi.

Settlers Village: chalés com quarto, sala, cozinha e banheiro. Nas épocas mais quentes, dá para encarar o piso de madeira e a ausência do aquecedor. Tem estacionamento gratuito e wifi, que costuma pegar melhor na área da piscina que dentro dos quartos. Não inclui o café da manhã.

Blyde Lodge: quartos com banheiro privativo e banheira. O café da manhã pode ser incluído pagando um valor adicional. Também tem estacionamento gratuito e wifi.

Daan’s Place: um dos mais populares no Booking, tem quartos equipados com uma cozinha compacta. As camas tem aquecimento nos colchões e o café da manhã também pode ser incluído com o pagamento de adicional.

Log Cabin Village: chalés bem equipados, do mesmo dono do Settlers Village. Com estacionamento gratuito e wifi disponível, de novo, falta o aquecedor. Também não inclui o café da manhã, mas compensa no custo-benefício.

Le Gallerie: quartos confortáveis e localização estratégica, porém com isolamento acústico complicado. Inclui o café da manhã se pagar o adicional. Tem estacionamento gratuito e wifi.

Autumn Breeze: B&B com quartos espalhados entre duas casas. Os banheiros são privativos e o café da manhã super farto.

|+ opções de hospedagem em Graskop.|

O que ver: custos e tempo

A Rota Panorâmica se estende pela R532, com uma pequena parte seguindo pela R534 (o trecho que vai do The Pinnacle até a Wonder View). Para facilitar, vou colocar aqui no mapa os pontos marcados e seguir a ordem em que vão aparecendo para quem vem de Joanesburgo.

Sudwala Caves

2 horas | 95 rands/pessoa| Das 8h às 16h30

Em poucas palavras: são as cavernas mas antigas do mundo, pelo menos de que se saiba. Não ficam oficialmente na Rota Panorâmica, mas, para quem vem de Joanesburgo, podem render um pit stop pelo caminho. Para quem vai com crianças, ainda tem um parque de dinossauros.

Além disso, é um dos pontos onde você vai encontrar uma lanchonete à disposição. 😉

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Foto: Guyermer

Mac Mac Pools

1 hora | 20 rands/pessoa | Até as 17h

Com águas geladérrimas, aqui só vale a parada se estiver um calor que te faça querer se jogar, o que, normalmente, só acontece no verão. Ainda tem uma área para picnic e banheiros.

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Foto: Jean & Nathalie

Mac Mac Falls

30 minutos | 10 rands/carro | Até as 17h

Uma trilha bem curtinha dá acesso ao mirante, onde dá para ver as quedas d’água de 56 metros de altura. Curiosidade: naturalmente, era só uma queda d’água, mas na corrida do ouro, houve uma explosão que acabou criando a segunda.

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Foto: Ossewa

Pilgrim’s Rest

2 horas | Gratuito | Até o pôr do sol

Se você vem de Joanesburgo até Graskop e está com tempo, vale dar uma parada em Pilgrim’s Rest, uma vila de mineração do ouro do final do século 19 que parece ter parado no tempo, com casas construídas em madeira e estanho que resistem aos anos. A cidade se divide em Uptown, parte mais alta e antiga, onde ficam as atrações turísticas, e Downtown.

Apesar de ser uma relíquia a céu aberto, a cidade ainda tem seus museus, que são acessíveis com um único ingresso que você adquire no Centro de Informações Turísticas. O destaque vai para o Diggins Museum, o Miner’s House Museum, os Reduction Works e o Alanglade. Com eles, dá para ter uma ideia de como era a vida na época da mineração.

Outros pontos que valem atenção na área são: o Royal Hotel, a Tumba do Ladrão (no cemitério, a única que fica perpendicular às outras), a mina desativada, a Ponte Joubert com seus quatro arcos e a torta caseira na Pilgrim’s Pantry.

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Foto: Ossewa

The Pinnacle

1 hora | 10 rands/pessoa| Até as 17h

É o primeiro ponto de parada depois de Graskop. O que chama a atenção é justamente o pico de 30 metros isolado, como se estivesse saindo do meio da vegetação. Aqui, dois mirantes garantem as vistas diferentes da coisa.

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God’s Window

30 minutos | 10 rands/carro | Até as 17h

Há quem diga que é uma das vistas mais bonitas da África do Sul, mas, sinceramente, há outros bem mais bacanudos nessa mesma Rota. Tem 800 metros de altura e a vista privilegiada da área de florestas, abismos e cachoeiras. A vista fica ainda mais bonita no fim da tarde. Ainda há um segundo mirante, fácil de achar por uma trilha curtinha.

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Wonder view

30 minutos | Gratuito | Até as 17h

Com 1730 metros acima do nível do mar, esse é o ponto mais alto de toda a Rota Panorâmica. Sinceramente, a vista é mais livre e, me perdoem, mais bonita que a anterior.

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Lisbon Falls

30 minutos | 10 rands/carro | Até as 17h

Com 90 metros de altura, são as maiores quedas d’água entre as mais famosas da região. As cascatas caem de 3 pontos diferentes, o que deixa o espetáculo ainda mais interessante. E, mais: não tem nem trilha. Super rápida de chegar.

Por que esse nome? Os mineradores que exploraram essa área eram… portugueses!

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Foto: Chris Eason

Berlin Falls

30 minutos | 10 rands/carro |  Até as 17h

Essas são um pouco mais baixas: 80 metros de altura. Mas, compensam com uma vista mais aberta da área.

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Bourke’s Luck Potholes

1 hora e meia | 40 rands/carro + 30 rands/pessoa |  Até as 17h

Os potholes são buracos formados em rochas que, de tão perfeitas, parecem ter sido produzidas por alguém. Mas, são obra da mãe natureza com o encontro de dois rios, o Blyde e o Treur, dando origem a águas borbulhantes que moldaram tudo isso aí.

Aliás, falando nesses rios, além da história de verdade que contei no vídeo, reza a lenda que os exploradores de ouro deixaram suas famílias e partiram seguindo o Treur River (Rio da Tristeza). Anos mais tarde, quando já eram dados como mortos, voltaram seguindo o Blyde River (Rio da Alegria).

É um dos únicos pontos em que você deve encontrar uma infraestrutura melhorada, com lojinhas, lanchonete, área para picnic, um museu e um centro de visitantes, com mais informações sobre a Rota Panorâmica.

#dicadeviajante

Tenha cuidado com os macaquinhos. Eles pulam nos carros!

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Lowveld Viewsite

30 minutos | Gratuito | Até as 17h

Mais um mirante na reta, só que mais alto: 1.200 metros dessa vez. Dá para ter uma vista interessante do Blyde River, serpenteando entre a vegetação e o cânion. Se não tiver tempo, pode pular essa vista. 😛

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Foto: nklette

Three Rondavels e Blydepoort Dam

30 minutos | 40 rands/carro |  Até as 17h

Com um dos níveis de lindeza mais altos da Rota Panorâmica, é o candidato mais forte a entrar no roteiro de todo mundo. Daqui, você tem a Blydepoort Dam com uma vista panorâmica de dezenas de quilômetros do Blyde River, que se encontra nesse ponto com o Ohrigstad.

Isso sem contar as Three Rondavels, outras que parecem ter tido a interferência de alguém, de tão parecidas com as cabanas africanas tradicionais. Elas também são conhecidas como “as três irmãs” ou “o chefe e suas três esposas”.

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Echo Caves

1 hora e meia | 60 rands/pessoa | 8h às 16h30

Provavelmente, o ponto menos conhecido da Rota Panorâmica. Fica para lá de Ohrigstad, uma reserva tranquila e fora da rota turística, onde dá até para se aventurar a pescar. A maior delas tem 40 metros de altura e 100 metros de profundidade. Como o nome diz, lá dentro dá para se perceber bastante eco. A parte mais legal é que já foram habitadas por gente da Idade da Pedra.

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Foto: Herdrik Rodink

Para quem quer um algo a mais

Se você não quiser ficar só na estrada e inovar no roteiro, vale combinar com antecedência um vôo para ver toda a Rota Panorâmica de cima ou, numa versão que encaixa melhor no bolso, um passeio de barco pelo próprio Blyde River, com embarque em Swadini (taxa extra de 20 rands/pessoa). São perspectivas totalmente diferentes!

Para quem for mais radical, sempre tem a opção do rafting entre as corredeiras. Das mais tranquilas às mais furiosas, opção não falta. Também tem bungee-jump em Sabie, tirolesa e rapel em Graskop e por aí vai.

Uma das operadoras que trabalha na área é a Blyde Canyon Adventure Centre, que tem essas e outras atividades para fazer por lá. Mas agende com antecedência porque os ingressos podem lotar logo. 😉

Outra ideia é fazer uma trilha. A trilha completa do Blyde River Cânion tem 60 km e leva 5 dias para ser completa, ou seja, vai requerer mais preparo e até uma licença especial. Mas há opções menores, como a Hippo Trail, de 18 km, e mais outras que chegam a ter meio expediente.

Onde comer

Uma coisa que vale comentar é que na África, de maneira geral, os restaurantes fecham cedo. No interior, então, nem se fala. Às 21h, as cozinhas já costumam estar fechadas! Por isso, se programe de jantar em torno das 19h.

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Não deixe de pedir uma panqueca e uma Savanna, a cidra da área. 😉

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Em Sabie

Wild Fig Tree Restaurant ( Esquina entre Main Road e a Louis Trichardt Street, Sabie 1260 | +27 13 764 2239 | 8h30 às 21h – fechado aos domingos): restaurante com pratos tradicionais africanos, bem caseiros, e também com opções para vegetarianos e celíacos.

Sabie Brewing Co. ( 45 Main Road, Sabie 1260 | +27 13 764 1005 | 10h às 22h): restaurante que oferece cerveja artesanal. A definição perfeita de almoço com vista, que é para o vale de Sabie.

Woodsman Pub e Restaurant ( 94 Main Road, Sabie 1260 | +27 13 764 2204 | 7h às 22h): outro com vista para o vale, com uma decoração para lá de encantadora. Inclui pratos vegetarianos no cardápio.

Smokey Train Diner ( 9th Avenue, Sabie 1260 | +27 13 764 3445 | 11h30 às 21h): com vagões adaptados e uma decoração super diferentona, além de pratos bem servidos, é um bom ponto de parada em Sabie.

Em Pilgrim’s Rest

Pilgrim’s Pantry ( 45 Main Street, Pilgrim’s Rest 1280 | +27 13 768 1129 | 8h às 17h): aqui, vale pedir a tradicional torta caseira da casa. Não é só refeição, é experiência. 😉

Em Graskop

Harrie’s Pancakes ( Louis Trichardt Street, Graskop 1270 | +27 13 767 1273 | 8h às 18h): vir à região e não comer panquecas, não dá. O restaurante oferece opções doces e salgadas, muito das bem servidas, que chegam a ser consideradas as melhores da África do Sul. Também tem um menu especial de café da manhã, se esse é o interesse. É bastante concorrido, especialmente durante a manhã, com os grupos de turismo passando por lá. Por isso, vale chegar cedo. Tem opções vegetarianas e sem glúten.

Abe’ at The Glass House ( Louis Trichardt Street, Graskop 1270 | +27 82 948 7776 | 12h às 21h): restaurante intimista, bem pequenininho, com um atendimento super atencioso. O menu é super explicativo e deixa a gente na maior dúvida de tantas delícias africanas! Além disso, os pratos são bem servidos, mas ainda assim individuais.

Na estrada

Potluck Boskombuis ( Erasmushoop Farm, Graskop 1270 | +27 71 539 6773 | 10h às 16h): restaurante rústico, com comidinha caseira deliciosa e bem apresentada no meio da estrada, na R532, antes do Bourke’s Luck Potholes. Daqueles achados que você fica: como assim esse restaurante aqui? Mas é outro daqueles lugares de comer com vista: de frente para as belezas da Rota Panorâmica, à beira do rio. A desvantagem é que não aceitam cartão de crédito (só dinheiro).

Dicas que fazem diferença

  1. Em várias paradas há barraquinhas vendendo souvenirs: não deixe de pechinchar. Os preços variam de acordo com as paradas. As mais badaladas, como a Bourke’s Luck Potholes e a Three Rondavels, vão ter preços mais altos. No entanto, ainda conseguem ser mais em conta que aquelas do Kruger Park. 😉
  2. Se quiser preços de lembranças melhores ainda: pare em Graskop.
  3. Fique atento aos vendedores ambulantes. Muitos são bastante insistentes, mas nada que um pouco de firmeza não resolva.
  4. É difícil encontrar locais vendendo água nos pontos de parada. Apenas no Bourke’s Luck Potholes, onde a infraestrutura era melhor, é possível encontrar alguma. Por isso, pare em um mercadinho de uma das cidades e compre a sua garrafa de água para viagem.
  5. Todos os pontos de parada tem uma área para estacionamento que fica próximo às pequenas trilhas bem marcadas que dão acesso aos mirantes.
  6. Não precisa de preparo físico para fazer nenhuma dessas paradas. As trilhas são super tranquilas e pavimentadinhas, seja com terra ou pedras. Em alguns lugares, tem escadas para subir/descer, mas nada demais mesmo.
  7. Se você não tem tempo, se atenha ao essencial. Para a pessoa aqui, o mais lindo do trajeto foi: Wonder View, Bourke’s Luck Potholes e o combo das Three Rondavels + Blydepoort Dam. Combinando essas com outras paradas desse guia, qualquer roteiro fica muito bacanudo!

O que mais você gostaria de saber sobre a Rota Panorâmica? Me conta aqui. 🙂

Apaixonada pela vida, tenta viver a expressão "carpe diem". Acredita que cada viagem é um meio de aprender mais sobre a humanidade e o seu próprio eu, por isso ama pôr o pé na estrada. Gosta de contribuir para que outras pessoas tenham experiências cada vez melhores de viagem, por isso quando sabe que um amigo vai viajar, já vem com sua listinha de dicas. A melhor viagem? É sempre a do momento.

44 COMENTÁRIOS

  1. Uauu, estou aqui encantada com todos estes lugares maravilhosos dessa rota. Um sonho de viagem de carro para quem ama roadtrips (sou suspeita para falar haha, adoro). adorei todas as dicas, e ótima ressalva sobre os restaurantes, uma pena que fecham cedo né. É bom ter isso em mente para não chegar tarde e depois passar fome na estrada.

  2. Que rota mais maravilhosa! A África do Sul é linda demais, quanto mais leio sobre ela, mais quero ir conhecer!
    Sem dúvidas vou querer fazer a rota panorâmica quando eu for para Joanesburgo! (Já estou aqui afirmando que vou, rss)
    Muito bom esse post, dicas muito completas! Com certeza vai ajudar muito! =)

  3. Olá. Vou pra Joanesburgo em Junho e pretendo fazer a rota panorâmica. Minha ideia é sair de Joanesburgo muito cedo e dormir n Kruger. Será que dá pra fazer tudo? Outra dúvida: Se eu deixar pra fazer na volta, sendo que meu voo Joanesburgo-Cape Town é as 18h, será que é seguro tentar parar no que faltar? Obrigada pelas dicas. Post mto bom

    • Cintia,

      Depende muito da hora que sair de Joburg. Como falei, são umas 4h de carro. Imagino que leve, pelo menos, 4 horas entre as paradas principais da Rota Panorâmica.
      Minha sugestão é que já marque os pontos que tem mais interesse e priorize. Além disso, fique atenta ao horário do seu lodge ou, se for para um acampamento, o de fechamento do Kruger Park. 😉

      Sinceramente, preferiria deixar para fazer paradas na ida quando não tem vôo marcado que na volta.

      Abraço! 🙂

  4. Oi Dayana, muito boas as suas dicas, obrigada por compartilhar. Quero fazer a rota panoramica saindo de Phalaborwa para o passeio de barco no Canyon, a dúvida é: ficar hospedada em Hoedspruit, Hazyview ou Graskop? Porque o passeio termina às 16:30 e tenho medo da estrada à noite. No outro dia quero chegar a Nelspruit e dormir em Pretoria . Você fez esta rota?

    • Larissa,

      Se não quiser pegar nem o cair do dia na estrada, a boa é ficar em Hoedspruit. Saindo às 16h30 de Phalaborwa, você ainda consegue chegar no começo da noite em Graskop e ainda aproveitar a luz do fim do dia. Mais do que isso, acho ruim, pois a estrada tem zero iluminação em boa parte desse trecho. De Graskop até Nelspruit, você deve levar em torno de 1h30-2h. De Nelspruit até Pretoria, você deve fazer entre 3h e 4h, dependendo do trajeto que o GPS te indicar (tem, pelo menos, umas 3 alças que dá para pegar por ali). Eu fiz o caminho contrário que você está imaginando, mas posso te dizer que chega tranquila em Pretoria, ainda mais se sair de manhãzinha até de Graskop. 🙂

      Espero ter ajudado. 🙂

      • Dayana linda,
        chegamos na semana passada, foi maravilhoso. Fizemos a road trip sem qualquer problema, só a volta que não pudemos contemplar a panorama route porque o passeio no Canyon demorou mais que o previsto e começou a escurecer. Dormimos em Sabie, num lugar lindo e comemos uma comida perfeita no Wild Fig Tree, enfim, vi quase tudo que queria ver e, de verdade, é muito melhor ao vivo. Obrigada pelas dicas. Bjos

        • Larissa,

          Sabe quando a pessoa abre um sorriso enorme quando lê uma mensagem dessas? Fiquei tão feliz pela viagem de vocês. É como se estivesse lá. hahaha

          Mesmo sem poder ver a Panorama Road, imagino que o passeio no Canyon tenha suuuuper valido, né?

          Obrigada pelo carinho e por voltar para contar como foi. Fiquei super feliz, de verdade. <3

  5. Olá Dayana, tudo bem?
    Parabéns pelo post, muitas dicas esseciais e bem explicativo! 🙂

    Apenas uma dúvida que tenho:
    Viajarei de JNB (Aeroporto) até o Kruger de carro para fazer Safári, e provavelmente ficarei hospedada fora do Kruger, porém em algum hotel próximo.
    Saindo dirigindo de JNB, você sugere irmos até Graskop ou Sabie, dar uma pausa, e de uma dessas duas cidades começarmos a rota panorâmica? é isso? E logo depois, seguir caminho até o Kruger? estou certa?

    Obrigada pela ajuda

    • Sim, Lívia. 🙂 Especialmente dependendo do horário que sairem de JNB. Dá até para seguir a Rota no mesmo dia, mas aí teriam que sair bem cedinho meeeesmo de JNB (são umas 4 horas de viagem até o comecinho da Rota Panorâmica). De qualquer forma, uma parada seria necessária pois terminariam a rota no final do dia, provavelmente. 😉

      Graskop e Sabie ficam bem no comecinho da Rota Panorâmica, para quem vem de JNB, o que facilita para vocês já iniciarem o trajeto por lá.

      Espero ter ajudado!

      Beijos! 🙂

  6. Nossa Dayana! Que delicia de post! Viajei junto contigo. Vou para a Africa do Sul agora em novembro.
    Vamos sair de JNB bem cedo para Graskop. Temos o dia inteiro para fazer esse percurso. Voce acha que devemos passar por Pretoria? Vale à pena? Dormimos em Graskop e pela manha vamos fazer a rota. Temos a manha toda e metade da tarde e seguimos para Hazview já que nosso check-in é somente as 16hs. Voce acha tempo suficiente para dar uma percorrida legal na rota. Ficamos em Hazview 3 noites para ter pelo menos dois dias inteiros no Kruger. O que voce acha? Está bom assim? Alguma sugestão ou dica? Muito obrigada ! Beijão, Silvia

    • Silvia,

      Eu sou suspeita de falar, porque curto história e tal. Pretória é uma cidade bem “selva de pedra”. Você vai ter o tribunal onde Mandela foi julgado na Church Square, tem os Union Buildings que são lindos para fotografar, tem o Monumento Voortrekker (lá do alto tem uma vista bem linda da região), tem a Casa do ex-presidente Kruger, tem o Freedom Park… tem tanta, mas tanta coisa! É um lugar bacana para você conhecer mais da história da África do Sul, sem dúvida. E, se puder te recomendar: contrate um guia. Se quiser, posso passar o contato de WhatsApp do guia que contratei por lá (fiz um tour privado de última hora… hahaha).

      Sobre ir para Hazview, minha dica é que saiam bem cedinho para percorrer a rota com calma. Fazendo assim, acredito que dê tempo de chegar lá de boas. Tudo isso que eu fiz aí foi entre 8h e 14h.

      Quanto ao Kruger, comentei em mais detalhes aqui. Acho que 3 noites é um tempo legal para tentar ver os Big Five, sim. Isso deve dar uns 6 game drives no lodge, mais ou menos. 🙂 Só é torcer para eles não serem tímidos.

      Espero ter ajudado! Se tiver mais perguntas, só mandar.

      Beijão!!! E desde já te desejo uma ótima trip!!!

    • Oieeee!!! Fico super feliz em receber um recadinho tão fofo. 🙂

      Então, se você sai do Kruger, ali nos arredores de Hazyview, e está procurando um lugar para dormir para continuar na rota Panorâmica, te sugiro de ficar em Graskop.

      – No centrinho de Graskop, você encontra opções legais de restaurante para jantar e mercadinhos, talvez seja uma boa. Por lá, tem o Graskop Hotel, o Log Cabin & Settlers Village (eu fiquei nesse e achei ótimo, mas senti muito frio à noite, se for friorenta, talvez não seja a melhor opção) e o Blyde Lodge – todos esses ficam bem pertinho do centrinho e você pode ir caminhando.

      – Você também pode optar por ficar mais para o caminho da Rota Panorâmica, aí, tem o Lisbon Hideaway, que fica perto das Lisbon Falls, o Thaba Tsweni Lodge & Safaris, que fica perto das Berlin Falls, e o Joy River Backpackers, perto da Bourke’s Luck Potholes que é o mais simples de todos, bem backpacker MESMO (então, se essa não é muito a sua vibe, não fique nele rsrs) e onde você vai ter que se garantir no seu aquecimento.

      Espero ter ajudado! 🙂

      Beijão!

    • Olha, todos os lugares são tranquilos de chegar com GPS. Te recomendo usar um chip para o Waze e o GPS, pois havia vezes em que um ou outro falhava no sinal, mas nunca os dois juntos.

      De qualquer modo, tem sinalização na estrada também. As atrações maiores, tipo, o Bourke’s Luck Potholes tem até um centrinho de visitantes grande que é muito bem estruturado.

      A maior parte do tempo é reta, então, achei super tranquilo até para quem vai sozinha. 🙂

      O que não recomendo é ficar na estrada muito perto do horário do sol se por. O ideal é se programar estar no hotel/hostel antes do dia acabar, pois as estradas não tem iluminação e isso é terrível à noite (ainda mais quando rola um fogzinho).

      Se tiver mais dúvidas, fica a vontade de perguntar. 😉

      Beijão!

  7. Olá Dayana!
    Sem querer descobri seu blog e que sorte! Já li vários mas o seu me parece ser o único a dar valores e tempo de cada visita. Tuas dicas estão facilitando muito o cálculo dos gastos na viagem. Eu e meu noivo vamos em dezembro passar 18 dias na África do Sul e estamos a toda aqui nos planejando.
    Pergunta, nosso vôo chega em Joburg em uma segunda às 08:30 e com sorte já estaremos com o carro no máximo até às 11:00. De lá já vamos cair na estrada em direção a Hazyview. O quanto você acha que conseguiremos aproveitar da Garden Route neste dia? Teremos ainda mais uma noite na cidade para no terceiro dia partir para um portão no sul do Kruger.
    Desde já super agradeço se você puder nos ajudar! Abraços!

    • Patrícia,

      Acredito que vocês consigam chegar na cidade com tranquilidade, mas não diria para planejarem a Garden Route para esse dia. Uma boa, seria sair cedinho no dia seguinte e fazer toda ela de uma vez.

      Isso porque o trajeto de Joanesburgo até lá deve levar umas 4 horas e não é recomendável se arriscar de pegar a noite na estrada, porque não tem iluminação alguma. Para quem não conhece, é muito complicado.

      Então, eu diria para curtir um jantarzinho de boas depois que chegar e relaxar pós-vôo e, começar o dia cedo na estrada no dia seguinte. Assim, vocês vão aproveitar muito mais. 🙂

      Espero ter ajudado! Desculpa a demora, me mudei nas últimas semanas e tem sido difícil logar no blog.

      Beijinhos!

  8. Olá Day, que post incrível! Embarco semana que vem para Joanesburgo, alugo um carro no aero e sigo direto para o Kruger, onde fico por 3 dias. Não tinha considerado a Rota Panorâmica, mas depois do seu post quero incluí-la no roteiro. Pensei em fazer parte dela no caminho de volta para Joanesburgo, saindo umas 10h do Kruger. O que você acha que daria para visitar nesse período? Estou em dúvida do que priorizar!!
    Muito obrigada pela ajuda e super parabéns pelo blog!!

    • Oi, Luanaaaaaa.

      Me mudei para fora e está difícil conseguir tempo para conectar. Mas espero que ainda dê tempo.

      Acredito que dê, sim. Só que, vindo do Kruger, talvez valesse considerar parar em algum local para dormir, por conta da iluminação da estrada no final do dia. E, como você vai sair umas 10h, pode ser que se depare com o sol se pondo no final do trajeto.

      Espero ter ajudado de algum modo! Que sua viagem seja perfeitaaaa! Beijos!

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