Quem não tem aquela história de viagem engraçada, constrangedora ou até que virou uma lição de vida? Mas você lembra que na hora, nada disso passou pela cabeça e só deu vontade de: a) explodir, b) chorar, c) sumir ou d) todas as alternativas anteriores. As boas viagens são assim: rendem aquelas anedotas que viram exclusivamente nossas e fazem delas, de um jeito ou de outro, inesquecíveis.

E algumas blogueiras de viagem, inclusive esta que vos fala, estão aqui hoje para te provar que isso acontece até mesmo com os mais experientes. Porque na verdade, essa diferença de turista e viajante, não existe. O que existem são as sensações em lugares novos e essas todo mundo compartilha. Mentira?

Perrengues de viagem

Jardim Nacional de Atenas

Numa viagem para a Grécia, a pessoa aqui foi passear com o marido no Jardim Nacional de Atenas num fim de tarde. Até aí tudo normal. O negócio é que não tinha encontrado aviso nenhum sobre o horário de funcionamento, nem na internet, nem no próprio local. Daí, não sei porque cargas d’água, conclui que esse não era motivo de preocupação.

Jardim Nacional de Atenas - Grécia
Nossos momentos felizes no Jardim Nacional de Atenas, antes de tudo começar

Durante o passeio, a gente foi se distraindo com os labirintos do Jardim e nem reparamos que o lugar estava esvaziando. Até ouvimos um guarda apitando, mas achamos que era para um casal que estava namorando freneticamente, se é que dá para dizer assim. Conclusão: ficamos presos e tivemos que pular o muro. Ah, e os apitos? Eram para avisar que o parque ia fechar. 🙁

|Se quiser rir um pouco mais com os detalhes, veja a história completa.|

Estátua da Liberdade, Nova York

Depois de um mês e meio fazendo intercâmbio nos EUA,  a Débora, do blog Foco no Mundo, e o namorado resolveram aproveitar os últimos dias antes de voltar para o Brasil e reservaram cinco deles para uma viagem a Nova York. A grana estava curta e, por isso, eles estavam economizando cada centavo! E… deixa ela mesma contar a história.

“Estávamos hospedados bem perto da Times Square e queríamos conhecer a Estátua da Liberdade. Não tínhamos nem internet no celular, mas pegamos um mapa na recepção do hostel e pensamos ‘É pertinho, não vale a pena gastar dinheiro com metrô para ir lá. Vamos andando!!’ Para quem não conhece, a distância entre os dois lugares é de mais ou menos 7km (e eu não fazia ideia do que isso significava!).

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A Debora em Nova York (foto: Foco no Mundo)

Começamos a andar e no começo estava tudo lindo, até que passou meia hora e nós não estávamos nos entendendo com o mapa. Continuamos andando, verificando o mapa, olhando os nomes das ruas, pensando que estava chegando… e nunca chegava! Pensamos em pegar o metrô, mas já tínhamos andado mais da metade do caminho então resolvemos continuar. Paramos para comer, entramos em algumas lojas, andamos mais um pouco e eu tinha certeza que estava quase chegando no Brasil a pé. Gastamos mais de  duas horas para chegar lá, mas a história não termina aí…

Como queríamos economizar, pegamos a balsa gratuita que passa ‘em frente’ à Estátua ao invés de pagar para chegar lá perto. Era inverno, o dia tinha muita neblina e a Estátua (que já estava longe e pequena), ficou quase invisível e as fotos ficaram péssimas. Na hora de voltar, não encontramos o metrô e decidimos voltar andando (de novo??!!). Para finalizar, não sei o que aconteceu mas eu perdi todas as fotos desse dia! Hoje eu morro de rir quando lembro disso, pelo menos sobrou uma história pra contar!”

|Leia mais sobre Nova York no Foco no Mundo.|

Kruger National Park, África do Sul

Agora, vamos para uma experiência mais… emocionante! Essa foi de uma viagem na África do Sul e quem conta para a gente é a Cristiane, do Pequeno Grande Mundo.

“Fiz self-safari no Kruger Park, na África do Sul, dirigindo na mão inglesa por conta própria. Há normas de segurança rígidas e a principal delas é estar dentro do camp de dormida de 18h às 6h da manhã. A segunda é nunca sair do carro fora do camp. Outra é a velocidade máxima de 40 km/h.

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A Cris no Safari do Kruger Park (foto: Pequeno Grande Mundo)

Eram 17:30h, faltavam 30 minutos para entrar no camp e já estávamos na reta para lá, depois de um dia de muita aventura. Em 15 minutos eu chegaria. Chegaria… se não fossem 2 elefantes na estrada… O elefante da frente começou a se aproximar mais do carro, e mais rápido. Mas não parecia que ia passar direto PELO carro, parecia que vinha em direção AO carro.

Dei ré e esperei, fiz isso dezenas de vezes. O susto não passava, o elefante não parava, o relógio também não parava. Às vezes o elefante chegava a quase 5 metros do carro e eu saia disparada em ré novamente. Mas eu tinha que ir pra frente de alguma maneira, era o único acesso ao camp, não havia outra rota. Após 20 minutos e muitos carros aglomerados fugindo dos elefantes, os grandões resolveram comer na savana e sair da estrada. Ufa!”

|Essa história e dicas da África do Sul no Pequeno Grande Mundo.|

Aeroporto Charles de Gaulle, Paris, e Shopping Colombo, Lisboa

Depois que souber do perrengue que a Gisele, do Destinos por onde andei, passou todas as vezes que tentou receber de volta o seu rico dinheirinho dos impostos na Europa, você vai querer correr para o nosso guia sobre o TaxFree ou, fazer que nem ela, e desistir de vez do negócio. Essa foi uma daquelas histórias que deu ruim, mas… deu ruim mesmo!

Foram três tentativas de ter o bendito TaxFree. As duas primeiras aconteceram no Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris. Ela passou pelo perrengue das filas e, quando chegou a vez dela de ter o reembolso, não tinha dinheiro no caixa e só podiam devolver o dinheiro no cartão. Não sei o que a mulher fez, mas a Gi está esperando parte desse dindin há 7 anos.

A terceira tentativa aconteceu no Shopping Colombo, em Lisboa. Ela até conseguiu, depois de um tempo de fila, o reembolso de uma primeira compra. Na segunda compra o sistema “simplesmente” caiu. #fail

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A Gisele no Shopping Lisboa (foto: Destinos por onde andei)

Para completar a façanha, ela não conseguiu terminar a burocracia do aeroporto, por conta das filas: ou era o vôo ou a grana. E acabou que a decisão ainda teve efeito. Ela ainda sofreu uma penalidade no cartão por não ter fechado entregado a papelada do TaxFree na alfândega!

|Para saber mais, veja os detalhes no Destinos por onde andei.|

Torres del Paine, Patagônia Chilena

A gente pode até planejar loucamente uma viagem – e pra Patagônia todo cuidado é pouco. Pode decorar mapas, saber quilometragens, levar a comida exata para os dias acampando… você pensa: vai dar certo! Mas nada disso funciona se resolve chover loucamente por 3 dias seguidos e com vento de mais de 100 km/hora!

Que pessoa resiste a isso? A Camila, do O Melhor Mês do Ano, passou um perrengaço em Torres del Paine, na Patagônia Chilena e incrivelmente valeu a pena! 

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A recompensa da Camila no Torres del Paine (foto: O Melhor Mês do Ano)

Para começar: ela perdeu a carteira que estava com toda a grana da viagem. Depois de algumas muitas emoções (quem não entende esse desespero, né?), conseguiu descobrir onde estava. Êêêêê! Alívio? Até que sim, mas espera que a coisa ainda pode ficar mais interessante.

Primeiro dia do camping: muita chuva e nada de dormir. Mas quem disse que isso é motivo para desistir? Não! Ainda tem um segundo dia com direito a hipotermia e tudo. Agora desiste, né? Jamais! Bora pegar um atalho. E o atalho rendeu… um daqueles que faz você pensar o que foi fazer ali.

Mas no final, o tempo deu uma trégua e o sacrifício, um resultado muito do bacanudo, que só conferindo as fotos da Camila para concordar.

|Detalhes e dicas para não passar pelo mesmo no O Melhor Mês do Ano.|

E você? Qual o seu maior perrengue de viagem?

Apaixonada pela vida, tenta viver a expressão "carpe diem". Acredita que cada viagem é um meio de aprender mais sobre a humanidade e o seu próprio eu, por isso ama pôr o pé na estrada. Gosta de contribuir para que outras pessoas tenham experiências cada vez melhores de viagem, por isso quando sabe que um amigo vai viajar, já vem com sua listinha de dicas. A melhor viagem? É sempre a do momento.

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