Privilegiada com vistas maravilhosas, cenários interessantes, bares e restaurantes com uma gastronomia rica e um ar boêmio, Santa Teresa capta muito bem a alma carioca. Andar por Santa Teresa é andar em um Rio que parou no tempo, com as suas ruelas de paralelepípedos, suas casas antigas, das mais simples às mais chiquetosas. Por lá, você brinca de encontrar ateliês e brechós, só procurando entre as portinhas abertas. Aliás, uma cena comum do bairro é ver os artistas trabalhando ao vivo!
#dicadeviajante
Nos ateliês e brechós, você consegue fazer boas compras de lembrancinhas, antiguidades, artigos de decoração, roupas e sapatos.
Para completar a viagem no tempo, a boa é andar no bondinho, que voltou a operar no final de 2015 no trecho do Largo da Carioca, passando pelos famosos Arcos da Lapa, até o Largo do Curvelo, onde ficam os principais bares e restaurantes de Santa. Essa é uma experiência que fica para a vida! A Camila do Ensaios de Viagem é outra que concorda bem comigo nisso!
#dicadeviajante
Para passear no bondinho, priorize os dias de semana e se programe de chegar logo cedo, pois quanto mais perto da hora do happy hour, pior. A capacidade do bondinho é de 32 pessoas e ninguém mais viaja em pé!
Além disso, o bairro tem boas opções de hospedagem indo de hotéis charmosos a pousadas e hostéis, para os mais econômicos. Tudo isso, sem perder de vista a belezura que é o Rio de Janeiro, já que Santa fica num dos lugares mais altos da cidade, bem no alto de uma colina.
Parque das Ruínas
E, falando de Santa Teresa, não tem como deixar de passar pelo Parque das Ruínas. O Parque já foi um palacete classudo da Diva dos Salões, dona Laurinda Santos Lobo, que costumava fazer saraus frequentados por gente como Villa Lobos e Tarsila do Amaral. Hoje em dia, funciona como mirante e espaço de lazer e cultura.
Por estar num dos lugares mais altos do Rio de Janeiro, o mirante tem uma vista panorâmica de tirar o fôlego! Você vê da Baía de Guanabara com a Ponte Rio Niterói, passa pelo Centro com os Arcos da Lapa e se depara com a Zona Sul da cidade exibindo o Pão de Açúcar e a Enseada de Botafogo.
#dicadeviajante
Para a melhor vista, vá ao terceiro andar do palacete.
É um lugar ótimo para fotos, não só pela vista, mas pelo clima do próprio parque, com seus tijolos e estruturas de vidro. A gente se empolgou tanto por lá que tiramos quase uma centena de fotos!
#dicadeviajante
O Parque das Ruínas é tão bacana para fotos que muita gente vem fazer ensaios fotográficos aqui. Se você quer fazer isso, programe com o pessoal da administração do parque com antecedência.
Quem curte um programinha cultural também vai adorar o Parque das Ruínas. Lá rolam exposições gratuitas e atividades teatrais a preços acessíveis. Alerta papais: algumas das apresentações são voltadas para as crianças, os pimpolhos vão adorar. Eles costumam atualizar no facebook a programação cultural do mês, então vale ficar ligado.
#dicadeviajante
Um bom programa para quem vai ao Parque das Ruínas é degustar um bom lanche no café de lá, onde, de vez em quando, tem música e até apresentações de dança ao vivo, que podem ser gratuitas ou ter um precinho simbólico. Dando sorte, você acaba presenciando num final de semana desses. Se não rolar, tomar um café ou suco com a vista do Rio de Janeiro, compensa tudo!
Chácara do Céu
A visita à Chácara do Céu é quase que uma extensão daquela ao Parque das Ruínas. Isso se torna literal se você observar que tem até uma pontezinha ligando os dois. O acesso é feito pelo segundo andar do palacete do Parque.
A Chácara era uma das casas de Raymundo Ottoni de Castro Maya, um empresário e fundador do Museu de Arte Moderna carioca. Como o cara era amante das artes, não é de admirar que sua casa tenha se tornado o Museu da Chácara do Céu. O acervo do museu pertencia ao dono da casa e tem várias pinturas, mapas e ilustrações de artistas brasileiros e europeus. Inclusive, é aqui que fica o MAIOR (desculpa a empolgação, vai?) acervo público de Cândido Portinari. Só isso… #sqn
Como se não bastasse isso, a Chácara tem um jardim muito do lindo, com um laguinho e algumas esculturas espalhadas pelo local. Ainda por cima, é privilegiado com aquela vista do Rio e sua Baía de Guanabara… tem como não amar?
#dicadeviajante
1. Para curtir os jardins, planeje seu roteiro para estar aqui na parte da manhã, quando o sol do Rio de Janeiro é mais amigo. E não esqueça de dar uma olhada na previsão do tempo! Nada de ser surpreendido com chuvas.
2. Quem adora um piquenique, o espaço é livre para isso. Aliás, é comum ver as pessoas trazendo a família e as crianças para piquenicar no final de semana.
Como chegar
De bondinho
Desça na estação do Largo do Curvelo, um dos três largos mais famosos de Santa Teresa. A parada aqui já vale para conhecer o local também. Depois é fazer uma caminhada de 10 minutos, seguindo pela Rua Dias de Barros até a Martinho Nobre.
De ônibus
O ponto mais próximo é o da Rua Joaquim Murtinho, onde passam as linhas 006 (Santa Teresa – Castelo), 007 (Central – Silvestre) e 014 (Castelo – Paula Matos). Depois, é seguir para o Largo do Curvelo, que fica a 2 minutos daí, e fazer o mesmo caminho pela Rua Dias de Barros para a Martinho Nobre.
De táxi
O Parque das Ruínas e a Chácara do Céu ficam a 5-10 minutos de táxi a partir da Lapa, o que deve custar aproximadamente R$10-15.
De carro
Existe um estacionamento gratuito na Chácara do Céu, mas é pequeno e lota cedo (especialmente nos finais de semana).
Se não conseguir parar por lá, a boa é parar na Rua Dias de Barros, próximo à rampa de subida para a Martinho Nobre. Por ser uma área residencial, não tem problema. A cariocada costuma fazer isso mesmo. 😉
#dicadeviajante
Se parar seu carro no estacionamento da Chácara, fique atento ao horário! O estacionamento fecha às 17h. Então, se for para um programa noturno, pare seu carro em outro lugar.
Combinar com…?
O Parque das Ruínas e a Chácara do Céu podem ser combinados com outros programas em Santa Teresa. Um deles é a visita à Escadaria Selaron, aquela de azulejos coloridos, que fica a uns 15 minutos de caminhada.
Quem curte um programa gastronômico, pode procurar um restaurante ou bar no Largo dos Guimarães, que é O POINT. Lá você encontra os bares mais conhecidos e badalados, como o Bar do Mineiro, de tão famoso, com seu clima de boteco tipicamente carioca (apesar do nome…) e sua feijoada, esse é praticamente parada obrigatória.
Se estiver a fim de uma culinária brasileira, porém mais exótica, uma boa indicação é o restaurante Espírito Santa, na Rua Almirante Alexandrino, 264.
Informações práticas
Bondinho de Santa Teresa
Onde pegar | Na estação da Carioca, no Centro do Rio, atrás da Praça da Cinelândia |
Funcionamento | Segunda a Sábado – 11h às 16h, intervalos de 20 minutos. |
Custo | Gratuito (durante a fase de testes) |
Telefone | (21) 2215-0621/2224-3922 |
Endereço | Rua Martinho Nobre, 169. |
Funcionamento | Terça a Domingo – 8h às 18h |
Programação | Você pode acompanhar a programação deles na Página do Facebook
Programação de Março |
Custo | Gratuito (visita), mas a programação cultural pode ter ingressos a preços acessíveis (vide a programação) |
Jardins da Chácara do Céu
Endereço | Rua Murtinho Nobre, 93 |
Funcionamento | Todos os dias – 9h às 17h |
Custo | Gratuito |
Endereço | Rua Murtinho Nobre, 93 |
Funcionamento | Terça a Domingo – 12h às 17h
Fechado em 01/01, Carnaval, 25/12 e 31/12. |
Custo | R$ 2, gratuito às quartas-feiras.
Gratuidades: crianças até 12 anos, idosos com mais de 65 anos, grupos escolares, professores e guias em serviço, membros do ICOM e membros da Associação Amigos do Museu. |