Não foi o calor, nem as praias, nem os templos. Sério. Parece que são essas coisas que fazem a gente se apaixonar pela Tailândia, mas não é isso. O país é “dono” de um povo super simpático, a ponto de se oferecer para te ajudar em qualquer coisa mínima, se te vê perdido na rua, se pode guardar sua mochila por umas horinhas, qualquer coisa. 

Mas, não se deixe enganar: a mesma medida de simpatia existe também para a tradicionalidade. Os tailandeses levam a sério o respeito a coisas que a gente parece ter esquecido em algum lugar no tempo. O respeito aos ancestrais, aos governantes (sim, a eles) e… à vida. Acho que essa última foi a que pegou de cheio a pessoa aqui.

Passar um tempo observando esse hábito de meditação, de acalmar a mente e os planos, de viver o aqui e o agora porque é isso que importa é uma coisa que se vê muito por aqui. E é com isso que a Tailândia conquista.

Conversando com um ex-monge, descobrimos hábitos que marcaram. Eles meditam até enquanto andam. E detalhe: alguns fazem isso sem calçados e por quilômetros. Você sabe o que é caminhar e sentir o aqui e o agora? Perceber seus pés no chão e a brisa (ou o calor mesmo…) tocando a sua pele? Ter consciência de cada pedaço de si?  Saber que o que você é por dentro reflete em quem é por fora e buscar as curas emocionais que precisa?

Tailândia - Comportamento - Monge
Viver o aqui e o agora: “carpe diem” em ação

Quebra com aquele pensamento da gente de viver sempre planejando o amanhã. Um amanhã que não é garantido, já qualquer coisa pode acontecer e subitamente interrompê-lo. É trágico, mas é verdade. E os tailandeses parecem ter descoberto nisso o segredinho do seu sucesso. 

A Tailândia é um país predominantemente agrícola, mas que chegou a um avanço que as maiores potências ainda não alcançaram. Ela percebeu que o importante não é chegar primeiro, mas o caminho que você trilha até lá. Os tailandeses não correm atrás de riqueza, mas de vida com qualidade. Pode parecer clichê, mas uma coisa é falar isso, outra é viver. E lá vive-se assim. Sabe aquilo do “viva, não sobreviva”?

Tailândia - Lumphini Park
Viver livre é o que há na Tailândia

Difícil achar um idoso com um fio de cabelo branco. Só aqueles que já cruzaram o Cabo da Boa Esperança faz tempo chegam a demonstrar um pouco mais de idade. Só que não importa: a gente não acerta o número! Eles são bons em esconder. 

Além disso, o sorriso no rosto é regra por aqui. Sorrindo até para dizer não. Bom, a maioria é assim. Não vou mentir: tem tailandês antipático que chega a dar medo. Mas, são raros, prometo.

As praias podem não ser tão lindas quanto as da Grécia (sim, mantenho meus pensamentos firmes e fortes que as praias gregas são difíceis de superar). Os templos, bom, depois do terceiro todos começam a ficar muito parecidos (com as devidas proporções, claro!). O sol na sua cabeça faz pensar que o verão carioca é tão fresquinho. Mas cada um desses detalhes embrulhadinhos com todo esse ar de “Carpe Diem” formam um conjunto lindo e especial que faz a Tailândia ser tão particular a ponto de a gente não querer dar um adeus. Mas um até breve, muito breve. 

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Quem aí não se apaixonaria pela Tailândia?

Apaixonada pela vida, tenta viver a expressão "carpe diem". Acredita que cada viagem é um meio de aprender mais sobre a humanidade e o seu próprio eu, por isso ama pôr o pé na estrada. Gosta de contribuir para que outras pessoas tenham experiências cada vez melhores de viagem, por isso quando sabe que um amigo vai viajar, já vem com sua listinha de dicas. A melhor viagem? É sempre a do momento.

13 COMENTÁRIOS

  1. Tailândia é um dos países na Ásia que mais tenho vontade de conhecer, sou apaixonada pela cultura e comida tailandesa. E adorei o que escreveu sobre a questão deles se importarem mais com o bem estar do que aquela ambição de ser um país todo moderninho. Isso é de fato uma das coisas que mais me atraem no país, aquela alegria de viver dos tailandeses.

    Abraços

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