Bem na Praça Mauá, a arquitetura do Museu do Amanhã já é daquelas que chamam a atenção. Ousada, futurista ou simplesmente linda, seja lá o que for que vier na sua cabeça, cabe aqui. O fato é que o bichinho é uma das mais novas sensações da cidade. Acho que se você entrar hoje em dia no insta e procurar por fotos de gente turistando pelo Rio de Janeiro, 80% delas vão ser por aqui. É o Data Lolepocket dando pitacos de novo. 😛

Por dentro ou por fora, o Museu do Amanhã é um monumento. E, como se não bastasse tudo isso, ele ainda faz um combo perfeito com a visita ao Museu de Arte do Rio (MAR), tanto pela proximidade como pela vista. É aqui que mora a melhor visão do Museu do Amanhã. Inclusive, tem até venda de ingressos em conjunto para os dois museus, com direito a um descontinho leve.

Por dentro do Museu do Amanhã

Entrar no Museu também é um espetáculo a parte. Com um ambiente meio futurista, totalmente clean e muito bem refrigerado, chega a ser um alívio para quem vem do calor lá de fora.

O primeiro andar é de exposições menores. Na época que fomos, estava rolando a exposição “O poeta voador, Santos Dumont”. Super divertida, interativa, informativa e tantos “ivas” quantos pudesse! Para ter noção, ela fez qualquer adulto virar criança, de verdade!

Museu do Amanhã - Exposição sobre Santos Dumont
Uma réplica do Demoiselle na exposição sobre Santos Dumont

Mas é no segundo andar que mora a razão de existência do Museu do Amanhã. Aliás, é chegando aqui que você entende o nome dele. A exposição principal faz a gente pensar de onde viemos, quem somos, onde estamos e no que pretendemos para o nosso futuro, exatamente nessa ordem. E você sai de lá assim: meio intrigado, meio reflexivo e totalmente impressionado com o que acabou de ver.

Museu do Amanhã - Exposições
Cada ala é separada nesses ambientes futurísticos

 

Museu do Amanhã - Exposição Pensamento
Ala dedicada ao pensamento humano e a nossa interação com o mundo (minha preferida!)

Depois, vale voltar para o o térreo, onde é possível visitar o Laboratório de Atividades do Amanhã, um espaço dedicado à experimentação através de estudos, palestras, discussões e encontros voltados para usar a tecnologia a favor da solução de problemas locais e globais.

Ufa, respira fundo! No final do tour, a saída dá espaço para uma boa sessão de fotos no pátio do Museu do Amanhã. Todo mundo adora uma selfie com o espelho d’água, de frente para a Baía de Guanabara. Mas também pudera, é lindo!

Museu do Amanhã - Espelho d'água
Espelho d’água e uma vista aberta para a Baía de Guanabara (ou é o que a gente espera)

Durante toda a nossa visita ao Museu do Amanhã, a acessibilidade foi um fator que me chamou a atenção: tem rampas e elevadores que facilitam o trânsito das pessoas com dificuldades de locomoção. Mais um pontinho para ele!

Outro fator que merece destaque é que todas as atrações tem conteúdos em inglês e espanhol, além, é claro, do português. Dificilmente se vê um museu no Rio ou no Brasil com essas possibilidades.

Enfrentar fila para quê?

Da última vez que estive no Museu do Amanhã, bateu um alívio quando vi aquela fila quilométrica e sabia que já estava com a entrada comprada, bastando apresentar na bilheteria. Como assim?

O Museu do Amanhã disponibiliza a venda antecipada dos ingressos online por hora marcada. Aliás, agora nesse mês de agosto, eles só vão poder ser comprados assim. Mas, independente disso, essa é a melhor opção para driblar o calor senegalês e uma fila enorme e chata.

Museu do Amanhã - Saguão Principal
A vista do Saguão Principal: olha a fila lá fora! Isso era por volta das 15h de um domingo.

Além disso, a sua ida ao Museu pode ser frustrada se tiver gente demais na fila. Porque, para garantir que todo mundo que está na fila consiga entrar no Museu do Amanhã, eles simplesmente podem impedir a entrada de novos integrantes. Não, isso não é mentira.

Na compra dos ingressos online é cobrada uma taxa de conveniência de 12,5% para cartões nacionais e 2% para cartões internacionais. As compras em moeda estrangeira ainda tem um acréscimo de 6,5% de Tarifa de Conversão de Moedas. Mas não se assuste com os percentuais, isso vai virar coisa boba. No nosso caso, por exemplo, paguei R$ 1 a mais por ingresso, com a conveniência de passar a fila.

No funcionamento normal, além de quem comprou o ingresso online, as pessoas com deficiência, idosos com idade igual ou superior a 60 anos, crianças de até 6 anos, gestantes e lactantes e associados do ICOM (International Council of Museums) com selo da anuidade podem furar a fila. Além disso, todos tem direito a levar um acompanhante junto. Menos as crianças, que podem levar até dois responsáveis. #eitaqueblz

11 dicas para aproveitar melhor a visita

1. Vá ao Museu do Amanhã com tempo e visite sem pressa. Ainda mais hoje em dia, que você deve encontrá-lo mais cheio.

2. Falando na pressa, o primeiro teste da sua paciência(ou segundo, se você enfrentou a fila do museu) vai ser a entrada do Cosmos, aquela parte que fala de onde a gente veio. Só cabem 80 pessoas lá dentro e fica muita gente no lado de fora esperando a vez.

3. Ainda sobre o Cosmos, o melhor jeito de curtir a apresentação é deitado. No Antropoceno, nem tanto, mas há quem faça questão.

Museu do Amanhã - Antropoceno
Antropoceno

4. Para quem comprou online, não esqueça de levar os ingressos (impressos ou no smartphone). Se for o seu caso, também lembre dos comprovantes de meia-entrada. Nem sempre eles são exigidos, mas vai que…

5. Se você que comprou ingresso online estiver acompanhado de alguém que tenha direito à gratuidade, pode também trocar o ingresso grátis junto na bilheteria.

6. Use o bendito cartãozinho que te entregam na entrada para selecionar o idioma nas atrações interativas. Só encostar nas telinhas nos locais indicados e pronto. Ninguém explicou isso na entrada e fiquei me perguntando: para que esse cartão, que nem cobraram para a entrada? É para isso. No fim da visita você deve devolvê-lo.

7. Se cadastre na rede do museu e use o Wi-fi deles. Fiquei fazendo vários vídeos no snap usando meu parco 3G quando descobri essa possibilidade. 🙁

8. Leve sua garrafinha de água e recarregue nos bebedouros do Museu do Amanhã. Assim, é menos um gasto. Acho caro pagar R$ 4-5 em meio litro de água, vocês não?

9. Não precisa ficar se espremendo entre a galera para tirar uma foto do pátio do Museu do Amanhã pela área de vidro. Na saída você vai ter essa oportunidade e será muito melhor e sem chance de reflexo, prometo.

10. Não descarte a possibilidade de visitar o MAR. Por mais que não esteja nem um pouco interessado nas exposições, só a vista do 6° andar já vale. É aqui que você vai tirar a sua melhor foto do Museu do Amanhã e da Praça Mauá. Quer outro motivo? Chegar até aqui é de graça. Os ingressos só são cobrados no 5°andar, quando são necessários para passar nas catracas para as exposições.

Museu do Amanhã - MAR
A vista da Praça Mauá a partir do MAR

11. Se possível, nos dias de funcionamento normal (porque estou considerando o período olímpico como anormal), evite as terças-feiras. São os dias mais cheios justamente porque o ingresso é gratuito. Sim, eu sei. É de graça! Mas, enquanto o Museu é novidade, e deve continuar assim por um tempo, não é das melhores ideias. Além disso, o ingresso é baratinho, não vale tanto a chateação de um lugar lotado.

Conveniência

O Museu do Amanhã conta com um Café, o Fazenda Culinária, que faz questão de usar ingredientes originados no Rio de Janeiro.

Além disso, também tem uma lojinha com produtos que vão de camisetas, canecas, perfumes até pequenos bibelôs de fornecedores diversos. Os preços não são lá tão convidativos, mas para quem não tem tempo para comprar lembrancinhas, vira opção. Aqui, clientes Santander tem um desconto de 10%.

 Ambos ficam abertos durante todo o período de funcionamento do museu.

Nos arredores: outras opções de passeio

O Museu do Amanhã é fruto do processo de revitalização da Praça Mauá. E, admitindo alguns cariocas ou não, esse era um mau necessário. Além da relativa sensação de segurança, coisa que jamais aconteceria antes, hoje em dia é possível parar para admirar a baía.

A Praça Mauá, então, passou de cantinho rejeitado da cidade para o mais novo ponto de parada obrigatória para quem está de passagem pelo Rio de Janeiro e, também, para os próprios cariocas. Da praça mesmo, ninguém dá tanta atenção à estátua do Barão de Mauá, que empresta o nome para o lugar, mas sim à placa enorme da #CIDADEOLÍMPICA.

Aliás, exclusividade é o que não se consegue para uma foto nela. Nem sonhe. Sempre vai ter vários “alguéns” empoleirados na placa. Mas, vale a recordação, de qualquer modo. Afinal, você está no Rio de Janeiro, Cidade Maravilhosa, ops! Ou melhor, Cidade Olímpica.

Museu do Amanhã - Cidade Olímpica
#CidadeOlímpica: te desafio a conseguir ler tudo!

Além disso, estando com fome, dá para parar em um dos food trucks e fazer uma boquinha (amei um beijinho gourmet recheado com Nutella! Quero de novo!). Bom, pelo menos no final de semana é possível. De qualquer modo, durante a semana, tem um café e restaurante no Museu de Arte do Rio (MAR) e várias outras opções espalhadas pelo Centro da cidade.

E uma curiosidade: você sabia que o primeiro arranha-céu do Rio de Janeiro, o edifício A noite, fica bem aqui nos arredores da Praça Mauá? Bem ali, pertinho do MAR, no número 3 da Avenida Venezuela. Outra coisa que a gente nem pensava em parar para observar sem as benditas obras do Porto Maravilha.

Nos arredores também fica outro legado olímpico, o muralzão grafitado e todo colorido do Kobra, o “Etnias“, com representações dos cinco continentes. Ele fica ali na altura do Armazém 3, na Zona Portuária, e, até o momento, é o maior do mundo do gênero.

Completando o passeio, o MAR vale a visita. E, mais ainda, se você for fã de arte. A coleção do museu está em fase de construção, mas hoje você consegue conhecer a exposição “Leopoldina, a princesa da independência, das artes e das ciências” e a “Linguagens do corpo carioca [vertigem do Rio]” que, confesso, não ter absorvido muita coisa. Se não for tão fã, pare no restaurante e relaxe com a vista.

Museu do Amanhã - Exposição Princesa Leopoldina no MAR
Parte do acervo da exposição sobre a Princesa Leopoldina

Se estiver com crianças (ou se for uma, ou se tiver curiosidade, ou por qualquer desculpa que seja), dê uma esticadinha até o AquaRio, que está para inaugurar (09 de novembro) e promete ser o maior aquário da América Latina. Ele também fica aqui, na Zona Portuária da cidade.

Se quiser sassaricar pelo Centrinho Histórico do Rio, o Turistando com a Lu tem um roteirinho bacana para dar uma ideia.

Como chegar à Praça Mauá

Transporte Público

Para chegar ao Centro do Rio, a melhor opção é o metrô. Você pode descer na estação da Carioca e de lá pegar o VLT (lembre de ter o seu cartão individual em mãos – as máquinas não aceitam compartilhamento de bilhete único). Desça na estação “Parada dos Museus”, que fica bem na Praça Mauá. Não tem erro.

Outra ideia, ainda de metrô, é descer na estação Uruguaiana e ir andando até a Praça Mauá.

Também dá para vir de trem, descendo na Central e seguir andando por 1,5 km ou pegar o ônibus 225 para descer na Praça Mauá.

De ônibus, o site do Vá de Ônibus costuma dar uma boa assistência e traça rotas a partir da origem e destino que forem informados. Ele está disponível também com versões em inglês e espanhol. No entanto, com tantas mudanças nas rotas da cidade, trânsito pesado e tudo o mais, as outras opções são mais atraentes.

De bike

Tem espaço para quem for pedalando também. As bikes podem ser deixadas no bicicletário da Praça Mauá, que conta com 120 vagas.

De carro

Essa é a pior opção para ir ao Centro do Rio. Mas, se ainda assim quiser insistir, esteja preparado para pagar caro nos estacionamentos. Tem um da Estapar bem na Praça Mauá e custa R$ 15, nos primeiros 30 minutos.

Caso você vá num final de semana, tem flanelinhas na rua indicando vagas, mas não arriscaria essa opção. O risco de receber uma multa ou até ser rebocado é alto e não vale a economia.

Informações Práticas do Museu do Amanhã

Funcionamento

Terça a Domingo, 10h às 18h

(Bilheteria fecha às 17h)

 Ingressos

 Inteira: R$ 20

Meia: R$ 10

Combo com o MAR: R$ 32 (inteira)/R$ 16

Nas terças, exceto nesse mês de agosto/2016, a entrada é gratuita para todos.

 Quem paga meia? Pessoas com até 21 anos, estudantes, deficientes e um acompanhante, servidores públicos do município do Rio de Janeiro, moradores ou naturais da cidade do Rio de Janeiro (!!!), portadores da carteira de Identidade Jovem e pagantes com cartão Santander (só vale para o titular do cartão).
 Quem não paga? Estudantes da rede pública do ensino fundamental e médio, professores da rede pública e de universidades públicas, menores de 5 anos ou maiores de 60, acompanhantes obrigatórios de pessoas com deficiência, funcionários de museus ou associados do ICOM com selo de anuidade, guias de turismo, Vizinhos do Amanhã e, às sextas-feiras, portadores do passaporte cultural.
 Site  www.museudoamanha.org.br (disponível em português e inglês)

 

Esta matéria faz parte da Blogagem Coletiva #oriopelascariocas. As blogueiras de viagem do Rio estão mostrando os pontos mais legais para se visitar na cidade e nos arredores. Vem conferir outras matérias! Os links estão aqui embaixo.

oriopelascariocas

–  Mariana Viaja – Aterro do Flamengo
– Despachadas – Niterói
– Por aí com os Pires – Jardim Botânico e Parque Lage
– Fourtrip – Pedra Bonita
– Na dúvida, embarque – Forte de Copacabana
Apaixonada pela vida, tenta viver a expressão "carpe diem". Acredita que cada viagem é um meio de aprender mais sobre a humanidade e o seu próprio eu, por isso ama pôr o pé na estrada. Gosta de contribuir para que outras pessoas tenham experiências cada vez melhores de viagem, por isso quando sabe que um amigo vai viajar, já vem com sua listinha de dicas. A melhor viagem? É sempre a do momento.

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