A Linha Turismo é um jeito prático de conhecer o básico para você que foi passar alguns dias na capital arrumadinha do Paraná. Isso porque o ônibus circula pelas principais atrações da cidade por módicos R$ 40. O valor fica barato se você for pensar que os lugares por onde o buzu passa são distantes do centrinho de Curitiba.

Linha Turismo Curitiba
O ônibus da Linha Turismo (Fonte: Semana do Leão PUC)

#dicadeviajante

1. O ônibus é de 2 andares. A maioria das pessoas, obviamente, curte bem mais o segundo andar. A vista é bem melhor e ajuda muito as fotos. O negócio é levar um bom casaco e nada de chapéus, porque lá venta muito!

2. Se você decidir dar a volta completa sem sair do busão, consegue ter uma boa noção da cidade em 2h30 (são 45 km!). Até é uma boa opção para uma primeira vista da cidade.

A bordo, tem até um autofalante que explica um pouco sobre cada ponto de parada em português, espanhol e inglês. O serviço é turístico mesmo, pessu!

As regras

As regras para usar o ônibus são simples.

1. O ônibus não funciona nas segundas-feiras, a menos que seja um feriado.

2. O ponto de partida dos ônibus é a Praça Tiradentes. De lá, eles saem das 9h às 17h30, com intervalos de 30 minutos entre cada partida. Os horários em cada ponto, vocês podem conferir aqui.

3. Infelizmente, aqui não é Europa, onde o embarque nos ônibus de turismo é ilimitado por um dia. Você vai ter direito a 5 embarques e, sabendo aproveitar bem, vai fazer um bom passeio. Tudo é controlado com uma cartelinha que você vai receber e, a cada nova entrada no busão, um ticket dela vai sendo retirado pelo cobrador. Dá para dividir a cartela com outras pessoas? Dá, sim. A cartela não é pessoal e intransferível.

4. Agora, uma coisa boa: a validade. Simplesmente não existe. Você pode usar sua cartelinha quando achar melhor. Também é ao contrário do que acontece na Europa. Mas é um “ao contrário” bom.

5. Você consegue comprar seu passe de ônibus em qualquer um dos pontos de parada ou no atendimento da URBS, na Rodoferroviária (que só funciona em dias úteis das 8h30 às 17h). Só escolher o que for mais conveniente para você.

6. Para quem vai com crianças: até 5 anos não paga e carrinhos só são permitidos nos ônibus com o selo “bicicleta”, que fica na porta traseira.

7. São 25 pontos de parada, mas você não precisa se preocupar. Primeiro, o autofalante avisa qual será a próxima. Segundo, quando compra o passe, você vai receber um folheto explicativo sobre o ônibus com a lista das paradas. Os pontos são: Praça Tiradentes, Rua das Flores, Rua 24 Horas, Museu Ferroviário, Teatro Paiol, Jardim Botânico, Rodoferroviária/Mercado Municipal, Teatro Guaíra – Universidade Federal do Paraná, Paço da Liberdade, Memorial Árabe, Passeio Público, Centro Cívico, Museu Oscar Niemeyer (MON), Bosque do Papa/Memorial Polonês, Bosque Alemão, Universidade Livre do Meio Ambiente (UNILIVRE), Parque São Lourenço, Ópera de Arame/Pedreira Paulo Leminski, Parque Tanguá, Parque Tingui, Memorial Ucraniano, Portal Italiano, Santa Felicidade, Parque Barigui, Torre Panorâmica, Setor Histórico.

Se liga nisso!

Existem algumas coisas que é bom você saber para não ter surpresas depois.

– Nos finais de semana de feriadões e durante as férias é normal aparecerem ônibus bem lotados. Você vai se ver obrigado a: (a) aceitar ir enlatado no primeiro andar ou (b) esperar o próximo ônibus. Uma notícia para amenizar: nesses períodos, a frequência dos ônibus costuma ser maior. Assim, geralmente o segundo ônibus vem um pouco menos cheio, mas não pense que vai dar para sentar.

– Em alguns feriados especiais, o itinerário do ônibus pode mudar. No feriado de 7 de setembro, por exemplo, o ônibus não passa pelo Centro Cívico, MON e Memorial Árabe, por conta dos desfiles (que são lindos, por sinal). Se certifique disso antes de comprar as passagens ou durante o trajeto com o motorista/cobrador.

– Comece o seu passeio em um ponto turístico facilmente acessível de transporte público. Assim você conhece um ponto, sem gastar o primeiro ticket. Acaba sendo uma boa, já que o custo de um ônibus em Curitiba é R$ 3,70, de segunda a sábado, e R$ 2,50, na tarifa domingueira.

Onde não vale a pena parar

É uma boa dar uma estudada nas paradas para aproveitar o máximo o passeio e fazer seus tickets renderem. Aqui vai a listinha de lugares onde acho que não vale a pena a parada, para ver se te ajuda. Mas sempre lembrando, é opinião, minha gente. Cada um tem uma.

– A Praça Tiradentes, Rua das Flores, Rua 24 horas, Paço da Liberdade e Setor Histórico estão a distâncias caminháveis entre eles, o ônibus acaba sendo dispensável.

Bondinho da Leitura - Rua das Flores - Curitiba
O Bondinho da Leitura da Rua das Flores

– Apesar do apelo histórico de ter sido o primeiro teatro de arena da cidade, o Teatro Paiol é um lugar legal para se ver de fora mesmo. Por dentro, você só vai ver o auditório, não vale gastar um ticket para isso. Ainda rolam algumas programações nele que você confere aqui, mas dependendo do seu tempo, acho que vai ficar nessa passadinha mesmo.

Teatro Paiol - Curitiba
Teatro Paiol – Antes que me perguntem: sim, tirei essa foto de dentro do ônibus

Teatro Guaíra/Universidade Federal do Paraná: outro ponto que dá para se contentar com aquela olhadinha externa do segundo andar do bus. É melhor reservar um tempo para assistir a uma apresentação no teatro, se quiser muito conhecer.

– Ficaria satisfeita com a vista da arquitetura do Centro Cívico, que é onde ficam as sedes dos Três Poderes do estado do Paraná e outros prédios do governo. Mas mesmo assim, não conquistou o coração para ganhar o ticket.

– Que a UNILIVRE e o Parque São Lourenço tem bastante verde e são lindos, é fato. Mas, tem outros mais legais nas paradas e acabam fazendo esses dois serem dispensados.

– O Parque Tingui também é outro que podia ter sido incluído no item anterior. Mas, uma coisa: você consegue vê-lo bem e tirar boas fotos se ficar sentadinho do lado esquerdo no bus.

Parque Tingui - Curitiba
Parque Tingui

– Me pergunto se alguém nessa vida cogita parar no Portal Italiano. Aliás, nem sei porque está na lista. É só um portal mesmo. Perfeitamente “visualizável” (eu quis inventar a palavra, dá licença) de cima do ônibus.

– Sobre o Parque Barigui, esse vira um caso de “depende”. Ele segue o estilo da UNILIVREParque São Lourenço e o Parque Tingui, é bonito, o povo usa, mas tem outras paradas que talvez valham mais, especialmente para quem está com pouco tempo. Só que tem um diferencial: o Museu do Automóvel, que fica bem em frente ao ponto do ônibus do parque. Para quem é fã, pode ser uma opção de parada.

– A Torre Panorâmica é outra que entra na lista do talvez. A vista 360º da cidade é realmente um senhor peso na decisão. Mas, só quando ela está funcionando. Então, antes de descer, pergunte sobre a operação da torre ao motorista/cobrador ou mesmo ligue para ter certeza (Telefone: (41) 3339-7613). E é bom ir com paciência, porque tem uma fila para o elevador. Além disso, veja como está o tempo (meteorologicamente falando), em dias de céu encoberto a vista pode ficar prejudicada.

E aí? Vocês teriam mais alguma dica de Curitiba para dar?

Apaixonada pela vida, tenta viver a expressão "carpe diem". Acredita que cada viagem é um meio de aprender mais sobre a humanidade e o seu próprio eu, por isso ama pôr o pé na estrada. Gosta de contribuir para que outras pessoas tenham experiências cada vez melhores de viagem, por isso quando sabe que um amigo vai viajar, já vem com sua listinha de dicas. A melhor viagem? É sempre a do momento.

10 COMENTÁRIOS

    • 1) Jardim Botânico;
      2) Museu Oscar Niemeyer (de quebra conhece o Bosque do Papa);
      3) Ópera de Arame;
      4) Parque Tanguá;
      E conforme disse a Dayana, há outros pontos que podem ser mais interessantes para uns do que para outros. Mas o Parque Barigui é a verdadeira “praia” curitibana. Ali há espaço para a turma fitness, rock’n roll, pagodeiros, famílias, zens… difícil não achar um lugar onde você não se enquadre.

      • Cleber,

        Adorei as sugestões!!! 🙂 Acho que, de primeira vez, acho que trocaria o Parque Barigui por Santa Felicidade, por ser mais diferente e porque já incluímos o Parque Tanguá na lista. 😉

        Mas realmente, o Barigui é muito programa de local e eu ameeeeei demais passar tempo por lá. Pra dizer a verdade, bateu até uma saudadinha. haha

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